Vivemos na era da hiperconectividade, onde a internet nos permite falar com qualquer pessoa do planeta em questão de segundos, mas a pergunta que não quer calar é: estamos realmente nos conectando? Ou só estamos acumulando mais contatos na agenda do WhatsApp sem saber sequer a cor dos olhos dessas pessoas? Aparentemente, o Wi-Fi nunca esteve tão cheio e o coração, tão vazio.
Segundo os especialistas, estamos nos tornando reféns de telas brilhantes e notificações insistentes. Já reparou que ninguém mais chega a um lugar e apenas… chega? Primeiro, olham o celular. Depois, conferem se há Wi-Fi. Só então, talvez, olhem para os seres humanos ao redor. Mas, se o sinal estiver ruim, pode esquecer: a socialização presencial será substituída por uma maratona de scroll infinito no Instagram.
Os terapeutas agora precisam competir com celulares nas sessões. O paciente entra no consultório, mas a mente dele continua na última mensagem recebida. “Doutora, ele mandou três corações, mas um era vermelho e os outros dois eram amarelos. Isso significa que ele me ama ou que ele só quer ser meu amigo?” Não há diploma de psicologia que prepare alguém para interpretar a semiótica de emojis apaixonados.
A tecnologia, essa fada madrinha moderna, nos prometeu conexões ilimitadas e, no fim, entregou um monte de gente interpretando “kkkkk” como prova de afeto. Antes, as declarações de amor eram cartas longas, flores, telefonemas demorados. Hoje, se alguém responde suas mensagens com menos de dez minutos de atraso, já é praticamente um pedido de casamento.
E o pior é que, mesmo quando estamos acompanhados, a tecnologia segue ditando as regras. Observe um jantar entre amigos: cada um com o celular na mão, digitando com mais entusiasmo do que conversando. E quando finalmente alguém decide falar, é para comentar um vídeo do TikTok que ninguém verá porque todos estão ocupados demais assistindo a outros vídeos do TikTok.
Mas calma, ainda há esperança. Podemos começar devagar, tipo um experimento social: da próxima vez que sair com amigos, tente deixar o celular no bolso por, digamos, cinco minutos. Se a abstinência não for insuportável, dobre para dez. Quem sabe, com o tempo, redescobrimos o incrível poder de uma conversa sem interferências digitais. Afinal, nada substitui um olhar, um sorriso verdadeiro ou um bom bate-papo olho no olho. Mesmo que seja para falar mal da vida alheia. Aí sim, conexão de verdade!
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