iPhone 17: o celular mais fino que sua paciência

Chegou o grande dia: a Apple finalmente lançou o iPhone 17 e seu irmão metido a modelo, o iPhone Air, tão fino que dá medo de desaparecer no bolso junto com as moedas de R$ 1 que você nunca encontra quando precisa. São só 5,6 milímetros de espessura, menos que uma bolacha recheada, mas custando o equivalente a encher um carrinho inteiro de supermercado (se você ainda tiver coragem de encarar o mercado depois de comprar um desses).

A Apple não economizou nos adjetivos: o iPhone Air é “4x mais resistente”, tem chip novo, câmera única e promete ser mais durável que as relações modernas. Já o iPhone 17 vem com tela mais suave, bateria maior e câmera com 48 megapixels,  para você fotografar aquele café da manhã “SURREAL” como se fosse uma cena de National Geographic.

As cores também são um espetáculo à parte. Do “branco nuvem” ao “laranja Pro Max”, temos certeza de que já existem grupos no WhatsApp brigando para decidir se o azul-celeste é o mesmo que o azul-claro ou se a Apple está apenas inventando nuances para justificar o preço.

E falando em preço… respire fundo: o modelo básico começa em R$ 7.999. Já o Air, fino como uma folha de papel, chega a R$ 13.499 na versão de 1TB. Ou seja, é o único celular que, ao mesmo tempo, cabe em qualquer bolso, mas esvazia todos de uma vez só.

Ainda assim, amanhã veremos filas em frente às lojas, gente acampando como se fosse show do Coldplay, e vídeos no TikTok com unboxings emocionados. Porque sejamos honestos: a Apple não vende celulares, vende status. É o passe VIP para o seleto grupo dos que podem pagar uma pequena fortuna para dizer: “meu celular tem revestimento antirreflexo de sete camadas”.

Enquanto isso, o brasileiro médio vai fazer as contas: “Será que troco de carro ou compro o iPhone Air?”. E talvez decida continuar com o carro, mas, no fundo, vai sonhar com aquele pinguinho azul-celeste piscando na prateleira da loja.

O iPhone 17 é, sem dúvida, um avanço tecnológico incrível, mas também é um retrato perfeito de como a indústria criou um ciclo onde inovação e desejo caminham lado a lado com preços cada vez mais inacessíveis. A pergunta não é mais “o que o celular faz”, mas sim: quanto você está disposto a pagar para ter o último modelo?

“O novo iPhone é revolução ou apenas mais um luxo disfarçado de necessidade?”

Jackson Santos

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