Lembram dessa dupla da imagem?
Pois é… Scooby e Salsicha. O cachorro que falava (melhor do que muita gente por aí) e o magrelo com fome eterna que vivia fugindo do perigo — mas que, de alguma forma, sempre dava um jeito de resolver tudo no final. Heróis improváveis, vestidos de covardes, mas com uma coragem que muito marmanjo engravatado não tem.
Eles e seus amigos enfrentavam monstros. Mas calma, nada de criaturas sobrenaturais de verdade. O verdadeiro susto vinha no final de cada episódio, quando tiravam as máscaras e… surpresa! Era sempre uma pessoa. Um senhor respeitável, um funcionário público, um zelador. Todos com motivos egoístas, gananciosos, mesquinhos.
No fundo, a turma da Máquina do Mistério não resolvia só casos. Eles desmascaravam o que muitos não querem ver: que os maiores monstros não têm chifres ou olhos vermelhos. Têm CPF, redes sociais e um bom papo. Alguns até cargos importantes. É ou não é de arrepiar?
Scooby e Salsicha nos ensinaram que, mesmo com medo (e com o estômago roncando), vale a pena investigar, duvidar, correr atrás da verdade — ainda que ela venha com uma máscara de borracha.
E cá entre nós: o mundo de hoje anda tão cheio de “monstrinhos” disfarçados que a gente quase sente falta de um Scooby Doo pra resolver nossos B.O.s. E quem sabe, no final, alguém grite:
— “E eu teria conseguido se não fossem essas crianças enxeridas!”
É, talvez o desenho fosse mais realista do que parecia. E a lição que fica? Desconfie dos monstros… principalmente os que usam terno, prometem demais ou aparecem só quando há câmera ligada. Porque no fim das contas, o verdadeiro mistério é:
quem é que ainda acredita que o mal vem com garras e dentes, e não com um belo sorriso e um crachá?
Jackson Santos é um autor brasileiro emergente que se destaca nos gêneros de fantasia, suspense, terror, drama e ficção científica. Em 2019, lançou seu primeiro livro, "Aparências: Reflexão Filosófica", explorando temas profundos através de uma abordagem literária contemplativa. Recentemente, publicou sua primeira coletânea de contos, "Contos Lúdicos", abrangendo histórias de terror, drama, fantasia e ficção científica.
Curiosamente, apesar da leitura não ser sua atividade de lazer preferida, Jackson encontra grande prazer na escrita desde a adolescência, onde explorava diferentes formas de expressão literária e musical. Além de escritor, é compositor e foi cantor da banda de rock "Legendários da Nação", experiência que influenciou sua paixão pela música e criatividade artística.
Jackson acredita que "Somente você pode aprofundar em sua própria história. Às vezes, um livro pode ajudar. Mas o caminho principal, não pode ser substituído por nada."
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