Leonardo da Vinci estava certo, de novo. Porque, aparentemente, inventar helicópteros quinhentos anos antes de existirem motores não foi suficiente. Agora, o bom e velho Da Vinci está ajudando a resolver um dos problemas mais irritantes do século 21: o zumbido dos drones.
Sim, aquele barulhinho simpático que faz você olhar para o céu achando que chegou uma abelha mutante, mas na verdade é só o entregador trazendo seu pedido de pizza ou o vizinho testando o brinquedinho novo. Pois é, o barulho dos drones virou um incômodo urbano, e a solução, veja só, estava escondida nos cadernos rabiscados de um artista renascentista que nem sonhava em pedidos via aplicativo.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, decidiram que talvez fosse hora de parar de reinventar a roda e olhar para os clássicos. E foi aí que descobriram que o famoso “parafuso aéreo” de Da Vinci, aquele desenho espiralado que parecia mais um projeto de chapéu maluco do que de máquina voadora, poderia ser exatamente o que os drones modernos precisam.
Depois de colocar o projeto em simulações e túnel de vento virtual, a conclusão foi simples: o parafuso aéreo gera a mesma sustentação dos rotores atuais, só que com menos barulho e usando menos energia. Ou seja, além de pintar a Mona Lisa e esculpir estátuas, Da Vinci também sabia como fazer entregas aéreas discretas, séculos antes da Amazon.
Curioso é que, na época, o pobre Leonardo nem tinha as ferramentas para testar suas invenções. Mas hoje, engenheiros com computadores poderosos e gráficos 3D provaram que o design renascentista é, pasmem, mais eficiente do que muito drone high-tech de duas pás que circula por aí fazendo aquele zumbido infernal.
A ideia veio, inicialmente, da natureza. Moscas batem as asas devagar e quase não fazem barulho, diferente dos mosquitos, que são basicamente sirenes voadoras. Inspirados nisso, os pesquisadores perceberam que aumentar a área do rotor e reduzir a velocidade de rotação pode diminuir o ruído. E qual o rotor com maior área contínua que imaginaram? Exatamente, o do tio Da Vinci.
Claro que nem tudo são flores voadoras. Especialistas apontam que o peso do rotor helicoidal precisa ser analisado. Além disso, os testes ainda não simularam o voo horizontal, aquele mesmo que os drones fazem quando cruzam o céu da sua janela trazendo um pacote ou espionando o churrasco do vizinho.
Mas é reconfortante saber que, no meio da pressa tecnológica, alguém parou para folhear os cadernos antigos de um italiano genial e pensou: e se, em vez de inventarmos algo novo, ouvirmos o cara que, meio sem querer, já estava à frente do tempo dele?
No fim das contas, o mundo gira, os drones também, e Da Vinci segue acertando, só que agora, com menos barulho. Literalmente.
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