Estrelas, Capôs e Ironias: Ranger e Amarok no Ringue da Segurança
Se o Latin NCAP fosse um reality show de picapes, a Ford Ranger sairia coroada campeã, enquanto a Volkswagen Amarok levaria o prêmio de “melhor tentativa”. No palco da segurança veicular, a Ranger brilhou com suas cinco estrelas cintilantes, enquanto a Amarok ficou ali, no canto, com um tímido trio de estrelas que mais parece um elogio educado do que uma vitória real. Vamos aos detalhes deste embate automobilístico com uma pitada de ironia e bom humor.
A Rainha da Segurança: Ford Ranger
Produzida na Argentina e equipada com sete airbags de série, controle eletrônico de estabilidade (ESC) e um arsenal tecnológico digno de ficção científica, a Ranger foi a queridinha dos juízes do Latin NCAP. Seus números impressionam: 93,11% de proteção para adultos, 89,80% para crianças e até um respeitável 74,77% para pedestres. Sim, ela se preocupa até com aqueles que estão fora do carro.
No teste de impacto frontal, a Ranger mostrou que é durona, com proteção “adequada” para o peito – porque perfeição total seria pedir demais. No impacto lateral, foi ainda melhor, garantindo proteção completa, como quem diz: “Aqui ninguém se machuca”.
Mas nem tudo é perfeito, nem mesmo para a Ranger. Sua borda dianteira do capô foi acusada de não ser muito gentil com os pedestres. Em outras palavras, se você for atropelado, melhor torcer para cair no chão e não no capô.
O brilho da Ranger veio também do seu sistema de frenagem autônoma de emergência (AEB), que marcou todos os pontos possíveis em testes urbanos e rodoviários. Ah, e ela ainda monitora pontos cegos como quem vigia um cofre de banco. A Ranger parece aquele aluno que leva os professores a se perguntarem: “Por que os outros não são assim?”.
Amarok: Aquele Aluno Que Não Fez a Lição de Casa
Também fabricada na Argentina, a Amarok tentou, mas ficou devendo. Com três estrelas no Latin NCAP, ela parece mais um “quase lá” do que um fracasso completo. Seu desempenho foi classificado como “bom, mas poderia melhorar”, o que, em termos de segurança, soa mais como “cuidado”.
Ela vem com seis airbags, mas a proteção para o peito do motorista no impacto frontal foi marginal. Marginal, nesse caso, é um eufemismo para “não muito confiável”. Nos impactos laterais, os airbags laterais e de cortina fizeram um bom trabalho, mas, no geral, a Amarok foi penalizada pela falta de tecnologias de segurança ativa robustas.
Os números? Para adultos, 80,87%; para crianças, 87,08%. Pedestres? Apenas 62,18% de proteção. E, quando se trata de assistência à segurança, os 66,28% parecem quase uma nota de rodapé em comparação com os números da Ranger.
O alerta de colisão frontal e o aviso de saída de faixa da Amarok são mais simpáticos do que úteis – emitem alertas, mas não intervêm. Em resumo, ela avisa que você vai bater, mas não move um dedo para evitar.
Uma Década de Atraso
Enquanto a Ranger é fruto de um projeto atualizado, a Amarok ainda vive no passado, com uma estrutura que remonta a 2010. O Latin NCAP até elogiou a Volkswagen por “adaptar uma solução” para incluir alertas de segurança, mas sejamos sinceros: adaptar é só um jeito chique de dizer “remendar”.
A Ford Ranger merece o aplauso pela dedicação à segurança, mas vamos combinar: seria ótimo se todas as montadoras levassem o tema a sério, não importa o preço do veículo. A Amarok, por outro lado, precisa parar de viver de passado e investir no futuro. Afinal, num mundo onde a tecnologia avança mais rápido que os limites de velocidade, picapes com três estrelas já não impressionam mais ninguém.
Se você está escolhendo entre essas duas, minha dica é simples: vá de Ranger. Ou, se preferir a Amarok, pelo menos dirija com cuidado… muito cuidado.
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