Óculos, Inteligência Artificial e o Drama de Quem Só Queria Ver Melhor

Sexta-feira. Enquanto você, caro leitor, talvez estivesse enfrentando mais um boleto ou se perguntando se a batata frita combina com sorvete de baunilha (spoiler: não combina), a Meta e a Oakley decidiram que o futuro já chegou. E chegou estiloso.

Sim, os óculos agora falam, ouvem, gravam vídeos, respondem perguntas e com sorte,  talvez até consigam encontrar aquele controle remoto que some misteriosamente toda semana. O Oakley Meta HSTN não é só um nome digno de senha de Wi-Fi, é o novo queridinho tecnológico que promete te transformar numa versão elegante e siliconada do James Bond.

Estamos falando de um par de óculos que, além de te deixar bonito (ou pelo menos moderno o suficiente pra ninguém notar que você ainda usa Crocs com meia), vem com câmera 3K, assistente de inteligência artificial integrada, alto-falantes embutidos e resistência à água. Ou seja, você pode chorar de emoção por estar vivendo no futuro sem medo de estragar o brinquedinho.

Agora, pausa dramática: o modelo edição limitada se chama Desert 24k Prizm Polar. Nome que soa como um código secreto da NASA, mas na verdade é só um jeito chique de dizer “armação branca com lente dourada”. E claro, custa módicos US$ 499. Barato? Só se você estiver fazendo compras com o cartão de um sheik árabe. Ou do seu chefe. Mas atenção: ainda não está à venda no Brasil. Claro que não.

Porque a vida do brasileiro é assim, quando finalmente conseguimos pagar a fatura do cartão, vem uma novidade que só vai estar disponível nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e mais um punhado de países que você provavelmente só visitou pelo Google Maps. Por aqui, a gente segue no aguardo, firmes, fortes e de óculos Ray-Ban falsificados comprados na feirinha.

A parte mais séria, e cá entre nós, fascinante, é que os óculos vêm com a Meta AI. Sim, uma inteligência artificial ali, coladinha no seu rosto. Imagina isso: você no ônibus, olhando pela janela, e de repente murmura “Meta, tira uma foto desse pôr do sol poético, mas melancólico”. E plim, o clique acontece. Ninguém percebe que você está ali, quietinho, mas fazendo história digital com o rosto.

Brincadeiras à parte, o salto da tecnologia é de arrepiar os pelos do nariz. Estamos entrando em uma era onde os óculos não são só para enxergar melhor, mas para enxergar mais. Mais possibilidades, mais interatividade, mais vídeos de gatinhos gravados em Ultra HD. Porque o futuro, minha gente, é isso: um mix de ciência, vaidade, praticidade e umas boas risadas.

Só fica aqui a dúvida: se esses óculos são tão inteligentes, será que um dia eles vão conseguir avisar a gente quando estamos prestes a enviar uma mensagem para o ex? Aí sim seria tecnologia de ponta.

Enquanto isso, seguimos aqui, de olhos bem abertos, ou melhor, arregalados,  esperando a edição brasileira, que talvez venha com integração com o Pix e alerta de chuva do Climatempo.