Senhoras e senhores, preparem-se, pois ele voltou! E, desta vez, com CGI de ponta, roteiro escrito a muitas mãos e uma produção digna de um multiverso sagrado. Mel Gibson, o cineasta que nos entregou flagelação em 4K e chibatadas em Dolby Surround, está pronto para o próximo capítulo da saga mais divina do cinema: A Ressurreição de Cristo.
De acordo com o próprio diretor, o roteiro levou sete anos para ser escrito. Isso quer dizer que a ressurreição de Jesus demorou menos tempo para acontecer do que o próprio filme para ser roteirizado. Mas calma, não é qualquer história: o próprio Gibson definiu a trama como “uma viagem ácida”. Uma escolha de palavras curiosa para um projeto religioso. Se for ácida mesmo, quem sabe não vemos Jesus encontrando Salvador Dalí no céu ou trocando ideia com Nietzsche no purgatório?
E não para por aí! O filme promete cobrir a “queda dos anjos”, a “jornada ao inferno” e “a morte do último apóstolo”. Com tanto conteúdo, se duvidar, vão dividir o filme em três partes, porque trilogias são a moda do momento. Será que teremos um crossover entre o Antigo e o Novo Testamento? Moisés aparecerá em um pós-crédito carregando as tábuas dos Dez Mandamentos enquanto diz “Jesus, precisamos conversar sobre a fé”?
Outro detalhe importante é o uso de CGI para rejuvenescer Jim Caviezel, porque, afinal, Cristo é eterno, mas o tempo não perdoa nem os atores que o interpretam. E fica a dúvida: o Jesus digital terá expressões faciais ou cairá na mesma armadilha dos deepfakes que fazem Tom Cruise parecer um boneco de cera?
Gibson afirma que a ideia é encontrar uma maneira de contar essa história sem ser “cafona ou óbvia”. Vindo do homem que transformou a crucificação em um festival de tortura medieval, podemos esperar algo entre um drama shakespeareano e um show de horrores dirigido pelo Tarantino. No final, só nos resta esperar para ver se o filme será uma obra-prima ou mais um épico que se leva a sério demais.
Mas, seja como for, uma coisa é certa: Hollywood não perde uma boa chance de reviver clássicos. Primeiro, foi Top Gun, agora é a ressurreição do próprio Cristo. Se essa moda pegar, não se surpreenda se, em breve, virmos A Volta de Moisés: O Deserto Contra-Ataca ou Noé 2: O Dilúvio Final. Porque, meus amigos, no fim do dia, tudo se resume a uma coisa: bilheteria e pipoqueiras lotadas. Amém.
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