Better Man: A Redenção de um Popstar (ou Quase Isso)

 

 

Se você é do tipo que acha que a vida de um astro da música é só glamour, festas e um mar infinito de aplausos, Better Man está aqui para esfregar a realidade na sua cara. Ou, pelo menos, uma versão dela. O filme biográfico sobre Robbie Williams promete drama, redenção e muita música. Mas, sejamos honestos: ele entrega isso tudo ou é só mais um show de efeitos para nos fazer simpatizar com um cara que ganhou milhões cantando sobre solidão? Vamos por partes.

Better Man não é um filme musical comum. Michael Gracey, diretor de O Rei do Show, resolveu misturar fantasia e realidade, o que significa que, em certos momentos, você pode se perguntar se está assistindo a uma biografia ou a um sonho febril alimentado por Red Bull e glitter. A história acompanha Robbie desde os tempos de Take That até sua ascensão como superstar solo, passando por colapsos, polêmicas e, claro, aquele momento obrigatório em que ele encara seus demônios internos de forma cinematograficamente dramática.

Afinal, não basta ser um cantor de sucesso; tem que sofrer, ser incompreendido, brigar com a imprensa e, no final, renascer das cinzas como uma fênix pop.

A Direção: Entre Coreografias e Crises Existenciais

Gracey claramente quer que você sinta tudo. A euforia dos palcos, a pressão insana da fama, a batalha contra as drogas e, claro, os momentos de puro delírio estético. Em certo ponto, você pode se perguntar: “Isso realmente aconteceu ou é só um grande videoclipe conceitual de duas horas?”. E a resposta é: provavelmente ambos. Mas quem se importa? Estamos aqui para ver Robbie Williams dançando no abismo da existência, e Better Man serve isso com uma trilha sonora incrível.

O Drama: Herói ou Vilão?

Como toda cinebiografia que se preze, Better Man precisa nos convencer de que Robbie é uma figura complexa, não apenas um cara que fez músicas chiclete e apareceu nu na capa de revistas. O filme tenta equilibrar a linha entre o autoengrandecimento e a autoflagelação, e às vezes é difícil saber qual lado está ganhando. Ele foi um rebelde incompreendido ou apenas um popstar mimado que não soube lidar com o sucesso? Depende de quem você perguntar (ou de qual cena você estiver assistindo no momento).

Vale o Ingresso?

Se você é fã de Robbie Williams, Better Man é um prato cheio de nostalgia, música e autocomiseração cinematográfica. Se você não é fã, bom, pelo menos vai se divertir tentando entender o que está acontecendo nessa mistura de show da Broadway, sessão de terapia e especial do VH1. No fim, o que importa é que Robbie Williams segue sendo Robbie Williams: exagerado, talentoso e um pouco caótico. E, convenhamos, seria decepcionante se fosse diferente.

“Better Man – A História de Robbie Williams“, estreará nos cinemas brasileiros no dia 13 de março.

Jackson Santos

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