Houve um tempo em que um novo filme do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) era um evento global. Os cinemas lotavam, os fãs discutiam teorias mirabolantes e qualquer cena pós-crédito rendia meses de especulação febril. Agora, chegamos a “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, e a grande questão é: ainda vale a pena se empolgar?
A Marvel está num momento peculiar. Depois de mais de uma década dominando as bilheterias, o público parece ter finalmente descoberto que talvez, apenas talvez, nem todo filme precise de três cenas de pancadaria, uma piada por minuto e um vilão genérico com motivações clichês. Mas não se enganem, não há nada de revolucionário em “Admirável Mundo Novo”. O longa se esforça para soar relevante, atual e impactante, mas no fim das contas, parece mais uma daquelas redações escolares que tentam impressionar o professor usando palavras difíceis sem realmente dizer nada.
Sam Wilson: Herói ou Apenas um Homem Muito Cansado?
Anthony Mackie é um ator carismático e tem energia suficiente para carregar o escudo que um dia pertenceu a Steve Rogers. O problema é que Sam Wilson, seu personagem, parece muito mais interessado em discutir questões políticas e existenciais do que em realmente salvar o mundo. E não que isso seja um problema — afinal, reflexão é sempre bem-vinda. Mas quando você paga um ingresso esperando uma aventura eletrizante e recebe um tratado sobre diplomacia internacional com algumas cenas de luta no meio, a decepção é compreensível.
O Vilão: Quem Mesmo?
Se tem uma coisa que a Marvel vem errando desde que Thanos estalou os dedos, é a criação de vilões memoráveis. Aqui, temos mais um antagonista que parece saído de uma reunião de brainstorming apressada. Ele tem um plano genérico para mudar o mundo, um exército de capangas descartáveis e motivações tão rasas que fazem Ultron parecer Shakespeareano.
Harrison Ford: Um Gigante Fora do Lugar
A presença de Harrison Ford como Thunderbolt Ross é um misto de nostalgia e desconforto. Ele é um ícone, sem dúvida, mas parece estar no set se perguntando quando vai poder voltar para casa tirar um cochilo. Sua presença é pouco aproveitada e, para um ator desse calibre, ficar reduzido a algumas cenas de discussão política parece um crime cinematográfico.
A Marvel Ainda Sabe Surpreender?
Talvez a maior questão que “Admirável Mundo Novo” levanta é: a Marvel ainda sabe nos surpreender? Depois de tantas fases e inúmeros filmes, a fórmula parece gasta. Os efeitos visuais são competentes, mas não impressionam mais. As cenas de luta são coreografadas, mas já vimos tudo isso antes. O humor parece forçado, como aquele amigo que insiste em fazer piadas mesmo quando ninguém está rindo. E quando a cena pós-crédito finalmente chega, a sensação é de que estamos sendo empurrados para mais um filme que talvez também não valha a pena.
Um Filme que Existe
“Capitão América: Admirável Mundo Novo” não é ruim. Mas também não é bom o suficiente para ser memorável. Ele existe, preenche espaço e nos lembra de que a Marvel ainda está tentando. Se você for um fã fiel, vai assistir, talvez gostar e seguir sua vida. Se você já estiver cansado de super-heróis, provavelmente nem se dará ao trabalho. E, sinceramente, não há nada de errado nisso.
Curiosamente, apesar da leitura não ser sua atividade de lazer preferida, Jackson encontra grande prazer na escrita desde a adolescência, onde explorava diferentes formas de expressão literária e musical. Além de escritor, é compositor e foi cantor da banda de rock "Legendários da Nação", experiência que influenciou sua paixão pela música e criatividade artística.
Jackson acredita que "Somente você pode aprofundar em sua própria história. Às vezes, um livro pode ajudar. Mas o caminho principal, não pode ser substituído por nada."
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