A CES 2025. Las Vegas, a cidade dos excessos, agora se torna palco de uma nova realidade: a era dos robôs que flertam. Sim, você leu corretamente. O futuro não traz apenas carros voadores ou assistentes domésticos que ligam a cafeteira, mas também máquinas tão charmosas que talvez até o seu crush humano precise se preocupar. Robôs humanoides estão invadindo as interações humanas com a delicadeza de um adolescente sarcástico e a persuasão de um conquistador de bar.
Imagina só: você está passeando pela feira de eletrônicos, observando gadgets incríveis e, de repente, é abordado por um robô que, com o brilho artificial nos olhos, solta uma frase como: “Você claramente é o mais bonito… De nada, amigo. É sempre um prazer ouvir a verdade.” Não, isso não é um personagem de um filme futurista. É Nylo, o robô da IntBot, programado para ser não só funcional, mas também irreverente e (quem diria?) mais sarcástico que muitos humanos por aí. Como um adolescente rebelde, ele interage com os visitantes da CES como se estivesse jogando um jogo de “quem é mais charmante”, e acredite, ele está ganhando.
David Yuan, cofundador da IntBot, deve estar orgulhoso. O robô Nylo é uma obra-prima do que chamam de “aprendizado de linguagem multimodal de IA”. Ou seja, ele não apenas fala, mas interpreta expressões faciais, gestos e até micro expressões, algo que eu, com toda sinceridade, espero que as pessoas de carne e osso aprendam um pouco com ele. Não custa tentar, né?
Enquanto isso, em Bordeaux, na França, a Pollen Robotics está fazendo sua parte para garantir que não apenas os flertes mecânicos sejam possíveis, mas também que os robôs possam, eventualmente, fazer um trabalho digno de qualquer grande pesquisador. Conheça o Reachy 2, o robô que, segundo a Pollen, pode ser adaptado para IA e não IA generativa (como a do ChatGPT, que claramente está muito ocupado discutindo a vida do próprio criador). Esse robô pode até mesmo ganhar pernas (não figurativamente, calma) e se tornar um bípede digno de um passeio no parque. Se você achar que ele está só ganhando popularidade no mundo da pesquisa, está errado. A verdade é que ele pode fazer muitas outras coisas — mas ainda não flertar como Nylo.
Porém, no final das contas, o que nos resta? A impressão de que, logo logo, esses robôs vão tomar o lugar de muitos de nós, ou ao menos começar a assumir as conversas mais interessantes nas festas. E quem será o responsável pela etiqueta desses flertes? Os robôs? Ou nós, humanos, precisaremos ensinar-lhes que sarcasmo excessivo e elogios mal colocados podem ser, às vezes, um pouco… indesejáveis?
O futuro chegou com uma pitada de humor ácido e charme mecânico. Se você está preparado para ser trocado por um robô que sabe te dar elogios mais convincentes do que seu colega de trabalho, bom, você já está no caminho certo. Só não se esqueça de que, no final, por mais perfeitos que sejam, esses robôs não sabem o que é aquele suquinho natural com que você os agradaria — ou será que já sabem?
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