Meta, um Passo em Direção ao Absurdo

A Meta… sempre se superando! A cada atualização, eles mostram que, realmente, estão sempre atentos às necessidades dos usuários. Ou, quem sabe, apenas fazendo o que um gigante da tecnologia faz de melhor: tomar decisões que nos deixam questionando a sanidade de quem estava pensando nisso.

A mais recente atualização das políticas de utilização das redes sociais da Meta (ou, como eu gosto de chamar, “Como Ganhar Likes Desconsiderando Toda a Decência”) tem algo para todos. E quando digo “todos”, quero dizer que não importa o quão absurdo seja, a Meta acha que é uma boa ideia. A nova política, que permite associar doenças mentais à orientação sexual sem problemas, realmente nos faz refletir sobre até onde pode ir a tentativa de agradar a todos, inclusive os mais polêmicos. Eu diria que é quase uma estratégia para garantir que as redes sociais sejam mais caóticas que um reality show de confinamento. Mas quem precisa de cuidado com saúde mental, certo? Quando o Mark Zuckerberg diz que “é tudo sobre liberdade de expressão”, ele quer dizer que o céu é o limite — e esse limite parece ser bem mais baixo do que imaginávamos.

Agora, usuários podem livremente associar transtornos mentais com a orientação sexual de alguém, porque, aparentemente, as barreiras da ética e do bom senso caíram no terreno das redes sociais. Para que se preocupar com as consequências sociais e emocionais de propagar um conteúdo dessas proporções, quando você pode ganhar alguns seguidores a mais ao espalhar esse tipo de discurso sem restrições? “Ah, mas a Meta diz que só vai remover conteúdos que sejam desumanizantes…” Claro, claro! Porque associar alguém a uma doença mental é super acolhedor, né? Como se isso fosse o mesmo que uma “boa e saudável” conversa sobre política.

E as exclamações de desprezo? Não, não, agora tudo está “dentro de um contexto de término de relacionamento romântico”. Quem não ama um bom xingamento de gênero após o fim de um namoro? A Meta claramente está focando em entregar a “experiência autêntica” de brigas de ex-namorados para todos os usuários. É quase uma forma de terapia, não é? Uma oportunidade de “expurgar” seus sentimentos mais profundos com um simples post no Instagram.

Porém, o melhor de tudo é que, em meio a todo esse cenário, a Meta ainda afirma que está focando em um ambiente mais seguro, onde apenas “ataques diretos a pessoas” serão considerados um problema. Então, se você se sentiu atacado por uma afirmação sobre sua orientação sexual, sua identidade de gênero ou qualquer outra característica pessoal, bem, provavelmente a Meta achará que isso não é um ataque direto. Não, não. Isso é só mais uma conversa descomplicada entre amigos.

Com esse movimento, a Meta não apenas falha em cumprir seu papel como plataforma responsável, mas também mostra o quanto o lucro e o engajamento ainda são as principais prioridades de suas políticas. As palavras de Zuckerberg, ou de quem quer que esteja por trás dessa decisão, soam como uma tentativa disfarçada de se esquivar de responsabilidades mais profundas. Eles estão se preparando para um futuro onde as redes sociais não serão mais um espaço de trocas saudáveis, mas um território onde qualquer tipo de discurso pode ser justificado, desde que seja “dentro de um contexto”. Eu diria que estamos indo, rapidamente, em direção a um abismo social onde a empatia e o respeito não fazem mais parte do vocabulário. O que a Meta está nos oferecendo é uma plataforma onde a crueldade, o desrespeito e a indiferença são apenas uma questão de “contexto”. E, sinceramente, não estou convencido de que isso seja o futuro que queremos.

No fim das contas, a Meta está nos mostrando que liberdade de expressão não tem limite, mas empatia, respeito e bom senso… ah, esses são apenas conceitos antiquados. Talvez, em vez de lutar contra o que há de mais básico e humano, devêssemos começar a desenvolver um aplicativo onde o bom senso tenha o seu lugar de destaque, mas ah, espere, isso não iria gerar tanto engajamento, não é? Por enquanto, vamos apenas esperar que essas novas regras se apliquem a todos, mas não se surpreendam se, em breve, tivermos que pedir permissão para expressar até as mais mínimas opiniões em nossas redes.

Jackson Santos

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