Avatar 3: O Dia em que James Cameron Descobriu a Areia

James Cameron, o visionário que nos deu o azul de Pandora em “Avatar” e agora, ao que parece, decidiu levar sua paleta cinematográfica para tons mais terrosos com “Avatar: Fogo e Cinzas”. Confesso que, ao ouvir a expressão “tribo das cinzas”, imaginei algo sombrio e épico, tipo um bando de guerreiros renascidos das chamas, mas não… são comerciantes nômades. O quê? Os Na’vi versão camelô intergaláctico? Eu só espero que eles não vendam pulseirinhas na praia de Pandora.

Não me levem a mal, sou fã de Cameron e da sua ambição de criar um universo tão grande quanto o orçamento de cada um dos seus filmes. Mas fico pensando: será que em algum momento ele olhou para a areia de uma praia e pensou: “É isso! Preciso de uma tribo inteira dedicada a isso!”? Porque, convenhamos, depois de explorar o oceano em “O Caminho da Água”, agora vamos para o deserto – ou algo parecido. Cameron está transformando Pandora no Discovery Channel.

E a trama? Ah, a trama. A família Sully (aquela que tem mais crises do que uma novela mexicana) vai se embrenhar em mais um território desconhecido. Novos amigos? Provavelmente. Conflitos? Com certeza. Roteiro reciclado? Não quero ser maldoso, mas as chances são altas. Afinal, o que seria de uma franquia bilionária sem repetir a fórmula que já deu certo? Se o padrão se mantiver, podemos esperar mais uma mensagem sobre união, respeito à natureza e um vilão humano que simplesmente não desiste. Aposto um refrigerante que ele aparecerá numa máquina ainda maior.

Agora, o que me intriga é essa analogia com a Estrada das Especiarias da Idade Média. Olha, Cameron, talvez tenha sido um pouco ousado demais, hein? Comparar os Na’vi a comerciantes medievais parece um jeito bem bonito de dizer que eles passam perrengue em uma caravana no meio do nada. Quase dá para imaginar o trailer do filme: “Do criador de Titanic, vem aí… Avatar 3: Os Na’vi e a Carreta Furacão”.

E para os fãs fervorosos que já estão montando suas barracas no cinema esperando dezembro de 2025, calma. Ainda temos muito tempo para teorizar sobre o que vem por aí. Quem sabe, até lá, Cameron não decida nos surpreender com outra tribo? Os Na’vi das nuvens, talvez? Eles poderiam viver em dirigíveis feitos de fibra natural, criando o “Avatar: Vento e Vapor”. Parece ridículo? Bom, também parecia improvável que uma tribo nômade do deserto virasse o novo foco da franquia, e aqui estamos.

No fim, adoro a audácia de Cameron e, ironias à parte, sei que “Avatar: Fogo e Cinzas” será um espetáculo visual de tirar o fôlego – e o dinheiro do bolso, claro. Até lá, fico com uma dúvida: será que a pipoca do cinema também virá em “edição cinzas”? Afinal, Cameron gosta de coerência nos detalhes.

Jackson Santos

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