Cinemas 2024: Entre Pipocas, Risos e Desilusões

 

“Cinema 2024: Pipocas, Polêmicas e Promessas Não Cumpridas”

Ah, 2024, um ano cinematográfico tão previsível quanto o final de uma novela das nove. Mas vamos admitir, não seria o mesmo sem as suas sequências infindáveis, animações açucaradas e aquela pitada de ousadia brasileira para temperar. Se você perdeu algum desses filmes, parabéns! Pode ter economizado duas horas de vida. Vamos relembrar, com aquela dose saudável de ironia, os “grandes” lançamentos que coloriram nossas telas – e esvaziaram nossas carteiras.

Janeiro começou quente com “Todos Menos Você”. Imagine um “filme fofo” que tenta ser revolucionário enquanto recicla a velha fórmula: casal improvável, brigas bobas, e, claro, um casamento no fim do mundo. Fica a dúvida: quem é mais clichê, o roteiro ou nós, que continuamos pagando para assistir a isso?

Fevereiro nos trouxe “Pobres Criaturas” e “Duna: Parte 2”. O primeiro tentou ser feminista, filosófico e fascinante, mas acabou só confuso. O segundo veio com poeira e drama de sobra, prometendo ação épica, mas entregando monólogos existenciais intermináveis. Que emoção é essa que sentimos ao assistir? Talvez seja a sede – não pelo enredo, mas pela água de Arrakis.

Abril nos agraciou com “Guerra Civil” e “Rivais”. O primeiro explorou um futuro distópico… ou seria um documentário do Twitter? Já o segundo é um melodrama esportivo que prova que, sim, até no tênis é possível complicar um triângulo amoroso. Ponto para a criatividade forçada!

No meio do ano, veio “Divertida Mente 2”, onde a Ansiedade roubou a cena – algo com que todos nos identificamos, especialmente durante as cenas finais de “Meu Malvado Favorito 4”, onde os vilões continuam mais carismáticos que os protagonistas.

E que tal julho? Ah, “Twisters” fez o impossível: transformar tempestades mortais em um drama enfadonho. Já “Deadpool & Wolverine” trouxe humor e violência, como era esperado. Mas confesse: você assistiu só para ver Hugh Jackman e Ryan Reynolds trocando farpas.

Avançando para o final do ano, “Coringa: Delírio a Dois” trouxe Joaquin Phoenix e Lady Gaga cantando (literalmente) suas dores. Era um musical, mas no fundo parecia mais uma metáfora para o estado atual da DC: dramático e um tanto perdido.

E como esquecer “O Auto da Compadecida 2” em dezembro? A volta de João Grilo e Chicó prometia tudo e entregou… quase tudo. Só que, desta vez, as piadas já não pareciam tão frescas, como se o tempo tivesse cobrado seu pedágio criativo.

O cinema de 2024 provou que, quando falta inovação, sobra nostalgia. Sequências, remakes e adaptações dominaram as telas, enquanto histórias originais ficaram relegadas às sombras. É bom? Depende. É divertido? Às vezes. Mas é o que temos. Então, pegue sua pipoca e prepare-se: 2025 promete mais do mesmo – só que em 3D, 4K e, claro, com um preço de ingresso ainda mais salgado.

Jackson Santos

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