“Segurança com Estrelas (Ou a Falta Delas)”
Ah, os testes do Latin NCAP! Nada como uma boa dose de realidade para mostrar que nem todos os carros são dignos de brilhar no céu da segurança veicular. O resultado mais recente nos apresenta o Renault Kardian, um jovem promissor da marca, contrastando com seus parentes envelhecidos — Sandero, Logan e Stepway — que parecem mais interessados em colecionar poeira do que estrelas.
Comecemos com o Kardian, a nova aposta da Renault, construído sobre uma plataforma moderna e embalado como um presente de Natal antecipado para quem deseja segurança. Este SUV compacto conseguiu uma pontuação de respeito: 83,41% para proteção de adultos e 82,92% para crianças. Já é um começo, não? Seis airbags e controle eletrônico de estabilidade ajudam a embalar o discurso de “estamos no caminho certo”. Claro, há ressalvas — joelhos à mercê do painel em um impacto frontal e proteção “marginal” no efeito chicote. Mas ei, marginal não é ruim… é só, digamos, interessante.
E o que dizer da série limitada de pedestres que terão que torcer para não esbarrarem com o Kardian? A proteção para eles foi considerada fraca. Afinal, é sempre bom lembrar: na disputa entre homem e máquina, o carro ainda sai ganhando.
Agora, se você é fã de nostalgia, vamos falar do trio da velha guarda: Sandero, Logan e Stepway. Um Sandero foi colocado à prova para representar o grupo, e o resultado foi um show de horrores automotivo. Zero estrelas. Nem umazinha para contar história. Como diria aquele amigo sincero: “É ruim, mas tá pago”.
Esses veteranos, que já foram sinônimo de custo-benefício, hoje servem como um lembrete de que modernizar é mais que um verbo; é uma necessidade. Com uma estrutura instável e uma lista de equipamentos de segurança que parece mais curta que feriado prolongado, esses carros oferecem quatro airbags, mas esquecem do resto. Não há AEB, suporte de pista, nem detecção de ponto cego. Afinal, por que melhorar, né?
Mas aqui vai o golpe de mestre: o Latin NCAP estendeu a nota do Sandero para Logan e Stepway, reforçando que não adianta mudar o nome do bolo se a receita continua a mesma.
Enquanto isso, o Kardian surge como uma esperança — ainda que não impecável — de que a Renault aprendeu a lição e quer mudar de página. Talvez seja um sinal de que o futuro reserva carros mais seguros e, quem sabe, menos sarcásticos para textos como este.
Minha opinião? Adoro ver progresso, mas vamos combinar que ainda estamos longe do “ideal”. O Kardian é uma luz no fim do túnel, mas os modelos antigos, ah, esses continuam como uma lembrança de tempos que deveríamos deixar para trás. E você, leitor, que tal dar uma estrela a este texto? Pelo menos aqui não há risco de impacto frontal!
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