O Galeão, esse gigante carioca de pistas e histórias, agora tem uma sala multissensorial que é mais do que um espaço, é quase um abraço em forma de terminal. E não, não é brincadeira. Tem assento de avião, janela que simula o voo, sons suaves, luz na medida certa… parece até que a gente embarca antes mesmo de passar pelo raio-x.
Mas não para por aí. O RIOgaleão inaugurou duas salas novinhas em folha: a Sala Sensorial e a Sala de Acomodação Sensorial, ambas parte do Programa de Acolhimento ao Passageiro com Transtorno do Espectro Autista (TEA), iniciativa do Governo Federal. E o melhor: já estão funcionando e prontas pra acolher com carinho, tecnologia e muita empatia.
A primeira, com 25 m², é um espaço inspirado na cabine de uma aeronave, com paisagens em movimento nas janelas, luzes coloridas no teto, cadeiras que vibram para simular o voo, sons ambientes típicos, como o barulho do maleiro ou a voz do comissário, e até cheirinhos que lembram perfumes e o clima do embarque. Tudo isso cuidadosamente projetado para oferecer previsibilidade, conforto e estímulos controlados, elementos essenciais para passageiros com TEA.
E tem mais: o tato é ativado com os compartimentos de bagagem, a audição é preparada, e o olfato recebe estímulos sutis, tudo pensado com sensibilidade e precisão. Não é à toa: a iniciativa teve consultoria da arquiteta Ana Paula Chacur, mãe de uma adolescente autista e especialista no tema, em parceria com a Kube Arquitetura e a equipe de arquitetura do próprio aeroporto.
Já a Sala de Acomodação Sensorial é aquele cantinho de paz no meio do caos. Ideal pra quem está em crise, precisando desacelerar ou se reequilibrar. Iluminação suave, poltronas estofadas, um clima de abraço silencioso. Porque às vezes, mais do que decolar, a gente só precisa pousar um pouco por dentro.
E como cereja desse bolo sensorial, ainda tem abafadores de ruído disponíveis gratuitamente no Terminal 2, ideais para quem tem hipersensibilidade auditiva. É só pegar no balcão de informações e devolver nos portões de embarque. Simples assim.
O RIOgaleão também garante que um agente de terminal esteja presente nos ambientes sensoriais para orientar, acolher e garantir que todo mundo, independente da forma como percebe o mundo, se sinta seguro e respeitado.
E o brilho maior, no entanto, está nos olhos dos pequenos. Crianças autistas agora têm um espaço onde brincar é preparação, e explorar é sinônimo de cuidado. Pais podem respirar mais tranquilos. Filhos, embarcar com mais confiança. E o Galeão? Ah, o Galeão mostra que não é só um aeroporto: é um lugar onde voar começa com acolher.
Como funcionário do RIOgaleão, não posso esconder o orgulho. É emocionante ver um aeroporto abraçando todos os perfis de passageiro. Isso é avanço, é humanidade. É o tipo de coisa que mostra que a gente não está só transportando malas — a gente está cuidando de pessoas.
Parabéns a todos os envolvidos nessa realização. Parabéns ao Galeão. Parabéns às famílias que agora podem voar com mais tranquilidade. E parabéns pra gente, que faz parte disso com o coração cheio.
Curiosamente, apesar da leitura não ser sua atividade de lazer preferida, Jackson encontra grande prazer na escrita desde a adolescência, onde explorava diferentes formas de expressão literária e musical. Além de escritor, é compositor e foi cantor da banda de rock "Legendários da Nação", experiência que influenciou sua paixão pela música e criatividade artística.
Jackson acredita que "Somente você pode aprofundar em sua própria história. Às vezes, um livro pode ajudar. Mas o caminho principal, não pode ser substituído por nada."
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