Jovens consumidores da geração Y, os millennials: (Thinkstock/Divulgação)
“A Geração Y: Nem Tão Ruins, Nem Tão Bons, Mas, Quem Sabe, Só Diferentes”
Ah, a Geração Y. Quem nunca ouviu falar deles, os supostos “millennials”, os jovens modernos que, aparentemente, fizeram tudo errado, mas que, pasme, ainda estão aqui, sobrevivendo à crítica incessante de suas escolhas e comportamentos? Eles são os filhos do caos, os netos da revolução digital, aqueles que trocam o sucesso material por um propósito maior. Aparentemente, eles não querem só um emprego, querem mudar o mundo – ou pelo menos se sentirem bem sobre isso nas redes sociais. Mas será que realmente são tão piores que as gerações anteriores? Vamos dar uma olhada mais de perto, com a maravilhosa dose de sarcasmo e ironia que essa análise pede.
Primeiro, o que mais ouvimos por aí é sobre o materialismo e o egoísmo dos millennials. Ah, sim, os jovens que nunca conseguiram entender que a vida não gira em torno de likes, mas ao que parece, isso é exatamente o que eles estão fazendo: girando, e não de forma tão ruim. Estudo após estudo, você encontra uma conclusão que desconcerta: os millennials, esses filhos do consumismo, aparentemente não querem ser ricos. Ou pelo menos não como o pessoal dos anos 80 e 90 queria. Eles não estão correndo atrás de uma casa com piscina e um carro de luxo, mas estão atrás de algo bem mais nobre: felicidade e propósito. Eles querem um trabalho que tenha significado, que ajude alguém de alguma forma. Quem diria, não é? Talvez o materialismo seja apenas o reflexo de uma geração que finalmente percebeu que coisas não compram felicidade. Quem diria que, em vez de um iPhone novo, eles prefeririam ajudar na saúde pública ou se envolver em causas ambientais?
E, ah, a empatia! Os mais velhos dizem que a empatia está em declínio. De acordo com alguns estudos, os millennials são 40% menos empáticos que os jovens das décadas passadas. Mas, espere, será que é isso mesmo? Um estudo do tipo chega a ser questionável, se formos analisar o comportamento de uma geração que tem em suas mãos as redes sociais para amplificar a voz daqueles que antes eram invisíveis. Deixe-me ver, os millennials estão indo para a rua exigir direitos iguais para as minorias, lutando pela liberdade de expressão, apoiando causas como a legalização do casamento gay e as políticas de imigração mais liberais… Empatia? Acho que eles têm um pouco mais do que os antigos. E, por acaso, isso não é uma forma de evolução social?
Mas aí vem o argumento “classicão”: eles são tão mimados! Eles não sabem o que é trabalhar duro! A boa e velha falácia da comparação entre gerações, que sempre afirma que os antigos (sempre com aquela aura de heroísmo) eram melhores, mais resilientes e menos… “fracos”. No entanto, a Geração Y enfrentou coisas que os antigos não precisaram enfrentar, como um mundo onde a competição por emprego é brutal e onde o sistema educacional parece mais um esquema de lucro do que um verdadeiro facilitador do crescimento. Não bastasse isso, essa mesma geração está lidando com a ameaça constante das mudanças climáticas e a polarização política global. Pois é, enquanto os nossos avós estavam lidando com o medo de uma guerra nuclear, os millennials estão tentando salvar o planeta. Que fofo, não é?
Além disso, como é que podemos esquecer o aumento da inteligência dessa geração? Isso é algo que raramente recebe o reconhecimento que merece. Em um mundo onde informações circulam mais rápido do que nunca, e onde a necessidade de se adaptar rapidamente a novas tecnologias é uma realidade, é só esperar para ver como a Geração Y está se saindo. Eles podem não saber tudo sobre o mundo pré-digital, mas, com certeza, dominam o jogo no novo mundo. E cá entre nós, essa geração é melhor em encontrar soluções criativas do que qualquer outra antes dela, o que é, sem dúvida, algo digno de aplausos, não é?
No final das contas, a Geração Y não é perfeita – mas quem é? Eles têm suas falhas, como todas as gerações antes deles, mas também possuem características que, com sorte, vão fazer o mundo um lugar melhor. Não, eles não são melhores do que as gerações anteriores – mas tampouco são piores. Eles são… diferentes. E talvez, só talvez, essa diferença seja exatamente o que o mundo precisa. Porque se tem uma coisa que os millennials sabem fazer, é questionar o status quo. E isso, meus caros, é um ótimo começo.
- Made in Brasil, estacionado em Tampa - Junho 16, 2025
- Agora Sim, Galeão: A Sala que Faz Você Voar Antes de Decolar - Junho 16, 2025
- HLOG Galeão é um condomínio logístico de alta performance - Junho 16, 2025